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quinta-feira, 15 de março de 2012

UM ANO PARA O 2000

UM ANO PARA O 2000


1º de janeiro de 1999. Mas por que janeiro? E de onde vem exatamente esses 1999 anos? E por que esse é o primeiro dia do ano, já que o ano poderia começar em qualquer dia, como acontece com o aniversário das pessoas?
O calendário que pauta a vida de todos atualmente (ou de quase todos) reflete os ziguezagues da História, os conflitos religiosos, as revoluções. São 1999 anos da suposta data do nascimento de Cristo, número conquistado por um cálculo feito na Idade Média e mantido até hoje.
1º de janeiro de 1999 podia ser qualquer outro dia, ter qualquer outro nome, marcar qualquer outra estação. Só é o primeiro dia do penúltimo ano do milênio por uma série de detalhes circunstanciais. Ou seja, é apenas mais um produto da história humana.

(Adaptado de: Jesus de Paula Assis. Folha de São Paulo, 1º/1/1999. Especial 1).

O tempo na Idade Média pertencia a Deus. A vida na terra era considerada apenas um momento da eternidade, à qual de fato as pessoas deveriam dedicar sua existência. O tempo regrado, regido por horas, minutos, segundos – o relógio – não existia; surgiria apenas na transição para a Era Moderna, numa tentativa da própria Igreja de disciplinar a dedicação de monges e da população em geral – a Deus. Essa disciplina se acentuaria cada vez mais com o advento do trabalho rotineiro e sistemático do mundo das fábricas. Podemos perceber, assim, que a forma de contar o tempo é cultural, criada por homens e mulheres a cada instante e que muda de sentido e significados em cada sociedade.

A preocupação com as cheias e vazantes do Nilo estimulou o desenvolvimento da astronomia. Observando os astros, os egípcios chegaram a localizar alguns planetas e constelações. Para medir o tempo, utilizavam relógios de água e um calendário solar. O dia era dividido em 24 horas e a hora em minutos, segundos e terços de segundo. A semana tinha dez dias e o mês, três semanas. O ano, de 365 dias, era dividido em estações agrárias: cheia, inverno e verão.

(Extraído do livro Toda a História – José Jobson de A. Arruda e Nelson Pilleti; pág. 23).

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