Ao assistir, por acaso, o final da primeira missa campal celebrada pelo novo Papa e, em função das primeiras críticas sobre o seu passado não tanto impecável, pude constatar o seguinte:
Enquanto a Igreja ainda prega a infalibilidade papal, os fiéis, juntamente com os cardeais, é claro, continuam praticando a fidelidade total. Qualquer um dos 115 cardeais que fossem escolhidos a premissa seria a mesma. É rei morto, novo rei posto. É santo morto, novo santo posto. É papa morto, novo papa reposto.
Letras e Melodias Edson Ribeiro
segunda-feira, 18 de março de 2013
domingo, 17 de fevereiro de 2013
O INVEROSSÍMIL É INVIÁVEL
O INVEROSSÍMIL É INVIÁVEL
Autor: Edson Ribeiro da Silva
(13.01.2013)
Tom: C
C G7 C
No legado da sabedoria popular / tô
sabendo!
A7 Dm
Tem coisas lindas que nem a ciência
sabe explicar
G7 Dm G7
Há muito mote interessante no seu
linguajar
F G7 C
E sobre alguns lances desses eu
agora vou falar
C A7 Dm
Uma chuvinha pelas costas, de repente
não é de bom grado
G7 Dm G7 C
O orgulho da mulher acaba no primeiro
pneu furado
A7
Dm
Quem nasceu sem ter nada vai ter de
penar um bom bocado
G7 Dm G7
C
Quando a mulher quer dar / já vem sem a
calcinha pra facilitar
C A7 Dm
Na preferência popular tem quem goste
de pele e osso
G7 C
Mas tem também os que gostam de
pele e silicone
A7 Dm
De repente eu prefiro pele, carne,
osso e gordura
G7 Dm G7
C
E eu já tenho tudo isso lá em casa com
a minha fofura
A7 Dm G7 C
Pele e osso só me tortura / pele e
silicone também me agonia
A7
Dm
Pois tenho medo do risco com o procedimento
G7 Dm G7
C
De quem quer
ter o corpo amoldado por cirurgia
A7 Dm G7 C
Ou de quem quer conviver com
anorexia ou bulimia
C A7 Dm
Se você forçar a barra vão dizer que
é estupro ou é por dinheiro
G7 C A7 Dm
Então, o melhor é ir pra o banheiro e
depois ficar debaixo do chuveiro
G7 A7 Dm A7 Dm
Relaxe e goze se o estupro for inevitável
ou um tanto quanto dessemelhante
G7 Dm G7 Dm G7
C
O inverossímil não parece verdadeiro / mas é melhor do que o inviável
O inverossímil não parece verdadeiro / mas é melhor do que o inviável
O inverossímil não parece verdadeiro
mas é melhor do que o inviável
domingo, 13 de janeiro de 2013
A SABEDORIA POPULAR
A SABEDORIA POPULAR
Autor: Edson Ribeiro da
Silva
(em 13.01.2013)
No legado da
sabedoria popular / fiquem sabendo
Tem coisas
lindas que nem a ciência sabe explicar
Há muito
mote interessante no seu linguajar
E é sobre
alguns lances desse que eu agora vou falar
Uma chuvinha
pelas costas, de repente, não é bom receber
O orgulho da
mulher acaba no primeiro pneu furado
Quem nasceu
sem ter nada vai ter que penar um bom bocado
Quando a mulher
quer dar já vem sem a calcinha pra facilitar
Na
preferência popular por mulher tem quem goste de pele e osso
Mas tem
também aqueles que gostam de pele e silicone
As misses de
hoje tem o corpo perfeito com a simplicidade e a vaidade
O que produz
a diferença é o carisma, a simpatia, a juventude, a bondade
Só falta
fazer hoje em dia uma miss que seja um perfeito clone
Eu prefiro
pele, carne, osso e gordura, e eu já tenho tudo isso em minha fofura
Pele e osso
só me tortura, pele e silicone também me agonia
Pois tenho
medo do risco que a pessoa corre com uma cirurgia
Vai em
frente minha gente! quem quer ter o corpo amoldado por cirurgia
Ou quem
quiser viver ou morrer de anorexia ou bulimia
Se você
forçar a barrar vão dizer que é estupro ou é por dinheiro
Então, o
melhor é ir pro banheiro... e depois ficar debaixo de um chuveiro
sábado, 15 de dezembro de 2012
O CAPOEIRA
O CAPOEIRA
Autor: Edson Ribeiro da Silva
(01.03.2004)
Esta é a
história do famoso Antônio Diabo
Homem danado de valente,
não tinha medo de nada
Era um bamba
, cabra macho, nada o assustava
Quando
chegava no pedaço a todos intimidava
Era um bom
capoeirista e gostava de quebrar no pau
Sabia
gingar, saltar, dar rasteira, cabeçada, rabo de arraia
Dar pernada,
a esquiva, o gingado, eram as suas especialidades
Resolvia a
parada na pernada na maior comodidade
Era temido e
respeitado na “zona” ou em qualquer outro lugar
Cansou de
meter bola de bilhar em testa de muita gente
Batia o pé,
falava forte, todos corriam, batiam em retirada
Na sua
chegada todos logo tremiam, embolavam a fala por nada
Pedia uma
cachaça e alguém no local teria de pagar
Se não
aparecesse alguém pra pagar o couro ia comer
Alguém teria
de sofrer , apanhar por não querer obedecer
Pelo menos
uma boa cabeçada alguém teria de receber
Mas um dia a
idade chegou e o pegou no contra pé
O peso da
idade falou mais alto, vocês sabem como é que é
Armaram pra
ele uma grande patota com uns cinco ou seis
Pegaram o
cara no estreito e fizeram a sua valentia acabar de vez
Bateram tanto no rapaz que até um olho ele perdeu
Foi parar no hospital e não sei como ele não morreu
Mas também precisou de uns cinco ou seis pra quebrar ele
Pegando-o no contra pé e com a idade passando dos quarenta e seis
Depois que ele voltou do hospital todo quebrado,todo consertado
Sem um olho e reconhecendo que a idade chegou pra valer
Ele se amofinou depois que acabaram com toda a sua valentia
Ficou desconfiado, amigo de todo mundo, até o fim dos seus dias
Bateram tanto no rapaz que até um olho ele perdeu
Foi parar no hospital e não sei como ele não morreu
Mas também precisou de uns cinco ou seis pra quebrar ele
Pegando-o no contra pé e com a idade passando dos quarenta e seis
Depois que ele voltou do hospital todo quebrado,todo consertado
Sem um olho e reconhecendo que a idade chegou pra valer
Ele se amofinou depois que acabaram com toda a sua valentia
Ficou desconfiado, amigo de todo mundo, até o fim dos seus dias
O FIM DO MUNDO
O FIM DO MUNDO
Autor: Edson
Ribeiro da Silva
(15.12.2012)
Estão
falando mais uma vez que o fim do mundo está próximo
Sabe quando
o mundo acabaria? Quando o Sol parasse de brilhar
Ou, se o
planeta Terra parasse de girar ou fosse lentamente desacelerando
Ou, quando
todo o sal fosse extraído das águas do mar
Ou, se um
corpo estranho maior que a Terra viesse com ela se chocar
Este
conjunto de coisas provocaria o fim deste nosso mundo
Se os céus
que estão acima de nós despencasse e caísse sobre nossas cabeças
O céu
estaria no chão / Ou, se as montanhas fossem engolidas pelo mar
E as
estrelas desaparecessem juntamente com a Lua e o nosso astro-rei, o Sol
E quando o
mundo estivesse realmente acabado e as estrelas todas se afastado
Então eu e
você voaríamos simplesmente para bem longe daqui, iríamos para outro lugar
E o que
seria de Copacabana? Seria submersa ao mar?
E aonde os
rios iriam desaguar? E o que seriam das pororocas?
E o encontro
do rio com o mar se tudo virasse uma coisa só
Que o mundo
foi e será uma porcaria, isso eu já sei
Mas, que o
mundo vai se acabar, no mínimo eu não saberei
Se uma
dessas coisas viesse a acontecer um dia, aí eu acreditaria
Este
conjunto de ações, no mínimo, decretaria o fim do mundo
Mas é muito
improvável que estas coisas venham a acontecer
Fomos
trazidos da África para as Américas do Norte e do Sul
E agora?
Para onde estariam querendo nos levar?
Vocês me
viram a cabeça, me tiram do sério
E o que
seria dos governos imperialistas? A quem iriam explorar?
E dos países
africanos, maiores exportadores de petróleo
Líbia,
Argélia, Gabão, Iraque, Nigéria, pra quem venderiam sua produção?
Porque Deus
criou tudo isto aqui, com muito amor no coração
Por que Ele
iria acabar com tudo isto aqui? Seria uma contradição
Eu quero é
sonhar um porvir risonho e não uma vida de angústia e tristeza
Melhor é
viver cantando as coisas lindas do coração e o momento presente
Com muita fé
em Deus, muita fé na vida, muita paz e muito amor
A-to-tô abalua-yê
a-to-tô-ba-bá Meu pai Oxalá venha me valer
Venha fazer
a minha agonia ou minha angústia se acabar e minha fé aumentar
A sociedade
enlouquece sonhos tortos / Na verdade nada é o que parece ser
A maior expressão
da angústia pode ser a depressão
Mas, não
tente se matar, pelo menos dessa vez, meu irmão
Se a gente
falasse menos talvez compreendesse mais as coisas
Porque as
sementes que Deus plantou, Ele não iria destruir de repente
Porque seria
um grande paradoxo desfazer o que Ele mesmo criou
Mas, se eu
sentisse que o fim do mundo estaria próximo
Eu iria atender
ao pedido do sabido pastor que na sua esperteza diz;
O fim do
mundo está próximo / e como dessa vida nada se leva
O pastor
ajuda seus fiéis a se livrarem de seus bens materiais no ato
E quem
estaria preocupado com mais essa exploração sobre o incauto?
domingo, 4 de novembro de 2012
PERCEBEU?
PERCEBEU?
Autor: Edson Ribeiro da Silva
(03.11.2012)
Ando ultimamente tão estressado que mais uma pergunta idiota me faz estourar
Me faz responder com rispidez pra depois me controlar e repensar no que falei
Se me perguntarem que dia é hoje? não acertarei mais responder
Mandarei fixar uma data em cada mês para a pessoa poder si situar
Que dia o mundo vai acabar? eu também não sei responder, dizer nem predizer
Só sei que o meu pai me dizia: Meu filho o mundo se acabou pra quem morreu
E eu acho que ele estava coberto de razão quando estava aqui nesse nosso rincão
O mundo se acabou para aquele que, como os que já se foram, sairam daqui desse chão
Pergunta idiota eu como merda pra responder, meu irmão!
O Einstein, inteligente e intelectual como sempre foi, comprovou
Que o tempo se encolhe quando você viaja a altas velocidades
E quanto mais você desacelera mais o tempo se dilata / sacou?
E quando a gente está desacelerando o nosso tempo está se dilatando
Apesar de estarmos nos aproximando do fim do mundo
Porque o mundo se acabou pra quem morreu / meu amigo!
E muita gente que está aqui nessa terra ainda não percebeu
Autor: Edson Ribeiro da Silva
(03.11.2012)
Ando ultimamente tão estressado que mais uma pergunta idiota me faz estourar
Me faz responder com rispidez pra depois me controlar e repensar no que falei
Se me perguntarem que dia é hoje? não acertarei mais responder
Mandarei fixar uma data em cada mês para a pessoa poder si situar
Que dia o mundo vai acabar? eu também não sei responder, dizer nem predizer
Só sei que o meu pai me dizia: Meu filho o mundo se acabou pra quem morreu
E eu acho que ele estava coberto de razão quando estava aqui nesse nosso rincão
O mundo se acabou para aquele que, como os que já se foram, sairam daqui desse chão
Pergunta idiota eu como merda pra responder, meu irmão!
O Einstein, inteligente e intelectual como sempre foi, comprovou
Que o tempo se encolhe quando você viaja a altas velocidades
E quanto mais você desacelera mais o tempo se dilata / sacou?
E quando a gente está desacelerando o nosso tempo está se dilatando
Apesar de estarmos nos aproximando do fim do mundo
Porque o mundo se acabou pra quem morreu / meu amigo!
E muita gente que está aqui nessa terra ainda não percebeu
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
MANIFESTO DO CHEFE SEATTLE
MANIFESTO DO
CHEFE SEATTLE
Em 1855, o
Presidente Ulysses Grant, dos Estados Unidos da América do Norte, propôs ao
chefe índio Seattle a compra das terras comunais de sua nação.
Esta é a
resposta do velho chefe ao Grande Chefe de Washington que remetemos à reflexão.
"Como podeis comprar ou vender o céu, a tepidez do chão? A ideia
não tem sentido para nós.
Se não possuímos o frescor do ar ou o brilho da água, como podeis
querer comprá-los?
Qualquer parte desta terra é sagrada para o meu povo. Qualquer folha
de pinheiro, qualquer praia, a
neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto, tudo é sagrado na memória e na experiência de meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho.
neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto, tudo é sagrado na memória e na experiência de meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho.
Os mortos do homem branco esquecem a terra de seu nascimento, quando
vão pervagar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa,
pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós.
As flores perfumosas são nossas irmãs; os gamos, os cavalos, a majestosa águia,
todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, a energia
vital do pônei e o homem, tudo pertence a uma só família.
Assim, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja
comprar nossas terras, ele está pedindo muito de nós. O Grande Chefe manda dizer que nos
reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente por nós mesmos. Ele será nosso pai e
nós seremos seus filhos. Se é assim, vamos considerar a sua proposta sobre a
compra de nossa terra. Mas tal compra não será fácil, já que esta terra é
sagrada para nós.
A límpida água que percorre os regatos e rios não é apenas água, mas o
sangue de nossos ancestrais. Se vos vendermos a terra, tereis de lembrar a vossos
filhos que ela é sagrada, e que qualquer reflexo espectral sobre a superfície dos lagos evoca eventos
e fases da vida de meu povo. O marulhar
das águas é a voz dos nossos ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, eles nos saciam a sede. Levam as nossas
canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra a vós, deveis vos lembrar e
ensinar a vossas crianças que os rios são nossos irmãos, vossos irmãos também,
e deveis a partir de então dispensar aos rios a mesma espécie de afeição que
dispensais a um irmão.
Nós sabemos que o homem branco não entende nosso modo de ser. Para ele
um pedaço de terra não se distingue de outro qualquer, pois é um estranho que vem
de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua
inimiga; depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura
de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. A
cova de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece. Trata a sua mãe,
a terra, e a seu irmão, o céu, como coisas a serem compradas ou roubadas, como
se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor. Seu apetite vai exaurir a terra, deixando
atrás de si só desertos.
Isso eu não compreendo. Nosso modo de ser é completamente diferente do
vosso. A visão de vossas cidades faz doer aos olhos do homem vermelho. Talvez
seja porque o homem vermelho é um selvagem e como tal nada possa compreender.
Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio,
paz. Um só lugar onde ouvir o farfalhar das folhas na primavera, o zunir das
asas de um inseto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender.
O barulho serve apenas para insultar os ouvidos. E que vida é essa
onde o homem não pode
ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs à margem dos
charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfrolando a
superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva
do meio-dia ou aromatizada pelo perfume das pinhas.
O ar é precioso para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o homem, todos
respiram o mesmo ar. O homem branco
parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição,
ele é insensível ao mau cheiro. Mas se vos vendermos nossa terra, deveis vos
lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as
coisas que dele vivem. O ar que nossos avós inspiraram ao primeiro vagido foi o
mesmo que lhes recebeu o último suspiro.
Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada,
como um lugar
onde mesmo um homem branco possa ir sorver a brisa aromatizada pelas
flores dos bosques. Assim consideraremos vossa proposta de comprar nossa terra.
Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma condição: o homem branco terá que
tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou selvagem e não compreendo outro modo. Tenho visto milhares de
búfalos a apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem
em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro
possa ser mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos
mantermos vivos.
Que será do homem sem os animais? Se todos os animais desaparecessem,
o homem morreria de solidão espiritual. Porque tudo isso pode, cada vez mais,
afetar os homens. Tudo está encaminhado.
Deveis ensinar a vossos filhos que o chão onde pisam simboliza as
cinzas de nossos ancestrais. Para que eles respeitem a terra, ensinai a eles que ela é
rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai a eles o que ensinamos
aos nossos: que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, está
cuspindo sobre si mesmo.
De uma coisa temos certeza: a terra não pertence ao homem branco; o
homem branco é que pertence à terra. Disso temos certeza. Todas as coisas estão
relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere
a terra fere também os filhos da terra. O homem não tece a teia da vida: é
antes um de seus fios. O que quer que
faça a essa teia, faz a si próprio.
Mesmo o homem branco, a quem Deus acompanha, e com quem conversa como
amigo, não pode fugir a esse destino comum.
Talvez, apesar de tudo, sejamos todos irmãos. Nós o veremos. De uma coisa sabemos – e que talvez o homem
branco venha a descobrir um dia: nosso Deus é o mesmo Deus.
Podeis pensar hoje que somente vós o possuís, como desejais possuir a
terra, mas não podeis, Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem
branco, quanto para o homem vermelho. Esta terra é querida d'Ele, e ofender a
terra é insultar o seu Criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo do
que todas as outras tribos. Contaminai a vossa cama, e vos sufocarei numa noite
no meio de vossos próprios excrementos. Mas no vosso parecer, brilhareis alto, iluminados
pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum favor especial vos
outorgou domínio sobre ela e sobre o homem vermelho.
Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos como será
no dia em que o último búfalo for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os
secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e
a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes. Onde está o
matagal? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. O fim do viver e o início
do sobreviver".
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