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segunda-feira, 23 de julho de 2012

ULTRAJES

                     ULTRAJES
        Autor: Edson Ribeiro da Silva
                     (13.08.1999)

Já ouvi muitas vezes discursos semelhantes
Sois todos uns consoladores importunos
Quando terão fim essas palavras atiradas ao ar?
Falo / e ninguem irá me fazer calar

Sua cólera me fere e me persegue
Meus inimigos dardejam os olhos sobre mim
Abrem a boca para me devorar
Batem-me na face para me ultrajar

Tenho desde já uma testemunha no céu
Um defensor nas alturas
Minha oração subiu a Deus
Meus olhos choram diante de sua candura

Estou cercado por zombadores sem coração
Meu olho vela por causa de seus ultrajes
Sê tu mesmo a minha canção junto de ti
E quem ousará bater na minha mão?

Meus irmãos foram para longe de mim
Meus amigos de mim se afastaram
Meus parentes e meus íntimos desapareceram
Os hóspedes de minha casa se debandaram

Mas uma torrente jogar-se-á contra tua casa
Que será levada no dia da cólera divina
Tal é a sorte que Deus reserva ao mal
É a herança que Deus lhe destina

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